sábado, 14 de agosto de 2010

Rainbow Fest realiza debate sobre a representação gay na mídia


Foi realizado ontem, quinta-feira (12/08), no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), às 14h, o debate a respeito da representação LGBT na mídia. O evento teve como foco o modo como a grande imprensa e a televisão têm construído com o discurso em torno das personagens gays. Participaram da mesa os jornalista Clecius Campos, repórter do Zona Pink; Marcelo Hailer, do site e revista A Capa; André Fisher, do portal Mix Brasil e a cineasta Lilian Werneck, diretora do filme O Mobile - Admiração.

Com mediação do jornalista Oswaldo Braga, que também é integrante da Ong Movimento Gay de Minas (MGM), a mesa teve início com a fala de Clecius Campos, sobre a dificuldade de escrever uma coluna gay - o Zona Pink faz parte do site Acessa.com, dentro de um site local e com boa parte dos leitores heterossexuais.

Por sua vez, o repórter Marcelo Hailer atentou para fato de que, além de boa parte da grande imprensa continuar a usar a palavra "homossexualismo" e a tratar as travestis e transexuais pelo nome de registro, há um outro problema dentro da comunidade gay: a falta de interesse em se apropriar de dados e ter total desconhecimento de leis e parlamentares aliados e LGBTs.

André Fisher, do portal Mix Brasil, revelou acreditar numa certa evolução na cobertura da imprensa em assuntos LGBTs. Também falou da baixa audiência das matérias ligadas a políticas e direitos. Parte polêmica se deu quando o jornalista explicou a maneira como se dá a escolha de modelos para capa de revistas, algumas pessoas presentes polemizaram com o jornalista e disseram que a sua revista e outras do meio gay são "heteronormativas".

Quem encerrou a mesa foi a cineasta e pesquisadora Lilian Werneck, que discorreu a respeito da representação lésbica a partir do seriado "The L Word". Lilian concordou com a questão de que há estereótipos na mídia no modo como representa os LGBT, mas ressaltou que estamos num sistema regido pelo mercado e que as pessoas querem, ao ligarem a televisão, encontrar um pouco de "beleza e sonho" como contraponto a vida que levam no cotidiano.

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