quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cuba realiza marcha contra homofobia


Pela segunda vez consecutiva Cuba realizou uma marcha e eventos no Dia Mundial Contra a Homofobia (17/05), em Havana e também em outras províncias. Participaram da caminhada gays, lésbicas, transexuais, travestis e o público em geral que, depois de caminharem, realizaram atividades no Gala Cultural.Também houve atividades no Pavilhão Cuba, sede da União Nacional de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC), com presença de lésbicas, bissexuais e transexuais. Nas ruas os grupos realizaram uma passeata contra a homofobia, com um detalhe: esta foi a primeira da história da ilha de Fidel a ser organizada diretamente por homossexuais.A grande incentivadora das comemorações contra a homofobia e de outros eventos ligados ao tema LGBT é Mariela Castro, filha do presidente de Cuba, Raúl Castro, e que está à frente do Centro Nacional de Educação Sexual (CENSEX)

sábado, 16 de maio de 2009

Marcha Paulistana e Ato Público contra a Homofobia


Marcha Paulistana e Ato Público contra a Homofobia

Para comemorar o Dia Internacional de Combate à Homofobia, o Centro de Referência da Diversidade – Grupo Pela Vidda/SP, a Associação da Parada do Orgulho GLBT e o Coletivo de Feministas Lésbicas realizarão em São Paulo, SP, no próximo dia 18 de maio a Marcha Paulistana e Ato Público contra a Homofobia.

Desde o dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde não considera mais a homossexualidade como doença. No entanto, diariamente lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais são vítimas do preconceito baseado em orientação sexual ou identidade de gênero. No mundo, 80 países criminalizam a homossexualidade, sete deles com pena de morte (Afeganistão, Sudão, Irã, Arábia Saudita, Paquistão, Emirados Árabes e Iêmen). Em Cuba, Nigéria, Líbia, Índia, Malásia e Jamaica, a legislação local prevê 10 anos de prisão para quem praticar atos homossexuais. Na Uganda e em nossa vizinha Guiana, a pena é de prisão perpétua.
Na cidade de São Paulo, apesar de cosmopolita e vanguardista, a população LGBT ainda sofre com a discriminação, até mesmo com violência física e assassinatos. Isto é inaceitável. Por isso, o Centro de Referência da Diversidade, a Associação da Parada do Orgulho GLBT e o Coletivo de Feministas Lésbicas realizarão no próximo dia 18 de maio marcha e ato contra a homofobia, em referência ao dia 17 de maio, Dia Internacional de Combate a Homofobia.

A concentração será no CRD que fica na rua Major Sertório n° 292/294, próximo ao metrô república às 14h30, com saída às 15h. A marcha seguirá até a Câmara dos Vereadores, onde será realizado o ato público, chamando os/as vereadores/as à responsabilidade e a importância da aprovação de projetos de leis municipais que garantam os direitos da população LGBT. Na ocasião, será lido o Manifesto da Marcha Paulistana contra a Homofobia (ver abaixo).

O ato conta com apoio da Coordenaria de Assuntos da Diversidade Sexual da Cidade de São Paulo, do Centro de Referência de Combate a Homofobia e da Rede Brasileira de Comunicadores GLS.


Manifesto da Marcha Paulistana contra a Homofobia
Desde de 17 de maio 1990, a homossexualidade não é mais classificada como doença pela Organização Mundial de Saúde. Nessa data, a assembléia geral da OMS aprovou a retirada do código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. A nova classificação entrou em vigor entre os países-membro das Nações Unidas em 1994. Com isso, marcou-se o início do fim de um ciclo milenar em que a cultura judaico-cristã encarou a homossexualidade primeiramente como pecado, depois como crime e, por último, como doença.

Hoje, 19 anos depois, milhões de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais ainda sofrem com o preconceito. A homossexualidade é considerada crime em 80 países e pode até levar à pena de morte. Mesmo em nossa cidade, a maior do país, diariamente presenciamos cenas de discriminação e violência contra a população LGBT. A homofobia, que pode ser definida como o medo, a aversão, ou o ódio irracional àquelas e aqueles que afetiva e/ou sexualmente não se enquadram nos padrões heteronormativos, é um mal que precisa ser combatido para que esses cidadãos e cidadãs possam viver bem, sem medo, no pleno exercício de seus direitos e deveres.

Nesta data nós nos reunimos para celebrar à vida. Relembramos que a população LGBT não é doente e denunciamos as formas de opressão que essa população tem sofrido – opressão esta inaceitável em uma sociedade democrática. Queremos uma sociedade mais justa e igualitária. Queremos um Estado realmente laico e de direito. Queremos ser felizes, qualquer que seja nossa orientação sexual ou identidade de gênero. É nosso direito

terça-feira, 5 de maio de 2009



Na segunda temporada do Diz Aí, jovens que trabalham em ong´s dialogam a partir de suas ações concretas, conversarem sobre o que fazem, suas diferenças e identificações, fortalecendo a interconexão destes grupos e suas possibilidades de comunicação e mobilização

sábado, 2 de maio de 2009

Judeus, gays e mulheres protestam


A quantidade e a variedade de ONGs que protestarão contra a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil foi aumentando a cada dia na última semana.

A comunidade judaica gaúcha promoveu abaixo-assinado. Em São Paulo, a Juventude Judaica Organizada, com homossexuais e entidades defensoras das mulheres, fará um ato, neste domingo, na Avenida Paulista. “Um país democrático como o Brasil não pode receber um defensor do totalitarismo, da homofobia, do revisionismo histórico, da discriminação religiosa e das mulheres e da destruição de Israel”, diz a convocação para a manifestação.

Em Brasília, pessoas irão às ruas em pontos-chave vestindo camisetas e portando cartazes com as seguintes mensagens: “You send homosexuals to death” (Você manda matar homossexuais) ou “You throw stones at women” (Você atira pedras em mulheres). Será exibido um cartaz de 20 metros com fotos de crianças presas em um campo de concentração e dizeres em inglês: “How dare you deny?” (“Como ousa negar?”, sobre o Holocausto) e “You are not welcome in Brazil” (“Você não é bem-vindo no Brasil”).

O Movimento de Justiça e Direitos Humanos, do Rio Grande do Sul, emitiu nota falando do “virulento antissemitismo” de Ahmadinejad: “Numa época em que se constata o crescimento do ódio aos judeus em todo mundo e que a negação do Holocausto atinge níveis preocupantes, é infamante (a visita).”

O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Cláudio Lottenberg, manifestou sua contrariedade.

– Repudiamos a presença de Ahmadinejad em um país como o nosso, democrático e hospitaleiro – disse.

Já a Federação Israelita do Rio Grande do Sul condenou Ahmadinejad, também, por financiar o terrorismo.



Homofobia e anti-semitismo

Mahmoud Ahmadinejad assumiu a presidência do Irã em 2005. Desde então virou alvo de diversas organizações internacionais de defesa dos direitos humanos devido suas polêmicas declarações e atitudes. Entre outras coisas, Ahmadinejad já negou a existência do Holocausto, assim como estimulou o genocídio aos judeus, o que levou a Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém a pedir a ONU que o presidente iraniano fosse processado por estimular o genocídio.

Ahmadinejad também é inimigo da comunidade LGBT, já que as leis iranianas permitem que homossexuais sejam punidos com a morte. Estima-se que mais de quatro mil homossexuais já tenham sido assassinados no Irã desde 1979.

No final de 2007, em visita aos Estados Unidos, Ahmadinejad fez um discurso na Universidade de Columbia onde afirmou que no Irã não existiam homossexuais. "Nós não temos esse fenômeno. Nossa nação é livre", afirmou ele na ocasião. Um ano depois o presidente iraniano admitiu que talvez “existam” alguns homossexuais no seu país.