sexta-feira, 24 de junho de 2011

UNE participa da 15ª Parada do Orgulho LGBT em SP


Mais uma vez o movimento estudantil participa do evento, que em sua 15ª edição traz como tema "Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!"

Organizado pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT), o 15º Mês do Orgulho LGBT apresenta um vasto calendário de atividades, entre elas a 15º Parada do Orgulho LGBT que acontece neste domingo (26) na Avenida Paulista em São Paulo. Considerado o maior encontro LGBT do mundo, mais de três milhões de pessoas são esperadas para esta edição.

Trazendo mais uma vez a questão política para a avenida, a Parada do Orgulho LGBT irá combater o preconceito. Com o tema “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia! 10 anos da Lei 10.948/01, rumo ao PLC 122/06” o evento comemora uma década da lei que garante a população LGBT uma nova forma legislativa de coibir e reduzir as manifestações discriminatórias em razão de suas orientações sexuais e pede pela aprovação que desde 2006 tramita no Congresso do Plano de Lei que torna crime a homofobia.

Como de tradição todos os anos, as entidades estudantis marcam presença na Parada para engrossar o coro na luta contra a homofobia no Brasil. Nesta edição, representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), União brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), a União Estadual dos Estudantes (UEE-SP) e União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) estarão no 6º trio elétrico que entrará na Avenida Paulista com o tema "Em apoio do kit LGBT".

Com um total geral de 16 trios, a manifestação segue até a Praça da República. O objetivo da participação das entidades estudantis é chamar a atenção de toda a sociedade para as ações homofóbicas que acontecem dentro das escolas e universidades.

“Acreditamos que podemos realmente transformar sonho em realidade. A UNE participando, reforçando a luta pelo combate de qualquer tipo de repressão e estando presente na Parada do Orgulho LGBT é mais uma demonstração de comprometimento da entidade com a causa . Queremos junto com a sociedade, construir uma melhor educação, sem machismo, sem racismo e sem homofobia, atingindo assim a escola e universidade que nós almejamos”, afirmou o diretor LGBT da UNE, Denílson Júnior.

Segundo Denílson, dados divulgados com base nos questionários socioeconômicos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) revelou um crescimento de 160% no número de pessoas que se declararam vítimas de homofobia apenas no estado de São Paulo. “O grande desafio das entidades, em especial a UNE e a UBES, é intensificar os debates sobre a diversidade nas escolas, bem como nas universidades”, afirmou.

Uma série de atividades estão programadas para a comemoração do 15º Mês do Orgulho LGBT além da Parada. A 11ª Feira Cultural LGBT trará um stand com fotos de todas as atividades promovidas pela atual gestão da UNE e durante o 11º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade que reconhece pessoas, instituições e os fatos mais significativos no cenário político, social e cultural para a população LGBT a entidade estará concorrendo a um prêmio.

Confira a programação completa:

23 de junho

10h às 22h
11ª Feira Cultural LGBT
Vale do Anhangabaú

24 de junho

18h
11º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade
Academia Paulista de Letras (Largo do Arouche, nº 312/324, Vila Buarque)

25 de junho

10h às 22h
11º Gay Day - Playcenter (Rua José Gomes Falcão, nº 20, Barra Funda)

26 de junho
12h
15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo - Avenida Paulista e Rua da Consolação (concentração em frente ao MASP)
6º trio: União Nacional dos Estudantes

19h
Show de encerramento da 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, com a cantora Wanessa
Vale do Anhangabaú

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

9ª Parada do Orgulho LGBT reúne 500 mil na Bahia


O movimento estudantil participou do evento com o Trio dos Estudantes na nona edição do evento que trouxe como lema a “Homofobia, fora daqui! Por uma Bahia sem racismo, machismo e homofobia”

A tarde de chuva não impediu que a 9ª Parada Gay da Bahia, realizada neste domingo em Salvador, reunisse mais de 500 mil pessoas, que ocuparam a praça do Campo Grande e a avenida Sete de Setembro, no centro da capital baiana, segundo estimativa da Polícia Militar.

Com o objetivo de conscientizar sobre a intolerância sexual, o clima foi de Carnaval. A multidão seguiu 10 trios elétricos, acompanhada de milhares de vendedores ambulantes e catadores de latinhas.

"Uma festa que mostra que pessoas precisam entender que todo mundo é igual e tem que ser respeitado. Preconceitos têm que ser quebrados", ressaltou a primeira-dama do Estado, Fátima Mendonça, que foi homenageada como madrinha da parada e aparece u na festa vestida de Frida Kahlo. Logo depois a cantora transexual Stella Lima cantou o hino nacional e a parada seguiu pelo circuito Campo Grande – Castro Alves.

LGBT e o Movimento Estudantil

Comandado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União de Estudantes da Bahia (UEB), Associação Baiana dos Estudantes Secundaristas (ABES) e a União Baiana Dos Estudantes Secundaristas (UBES), o Trio dos Estudantes, participa da Parada Gay de Salvador desde 2006 com o objetivo de combater as formas de preconceito que existe na sociedade. “Todos os anos fazemos questão de colocar um trio na Parada para mostrar o envolvimento do movimento estudantil com a luta pelos direitos do público LGBT. Esta é uma forma de apresentar nossas ideias para um público diverso e colaborar com a luta contra a homofobia”, destacou o presidente da UEB, Vladimir Meira.

Com atividades e intervenções de cada entidade, o Trio dos Estudantes, reuniu cerca de 70 lideranças do movimento estudantil e de bases como DCEs e organizações do movimento social. “Os estudantes são futuros formadores de opinião e a Parada vai além de uma manifestação festiva, hoje ela é também extremamente política”, disse Vladimir que ainda comentou a grandiosidade do evento na cidade baiana.“Talvez seja, depois do carnaval, a maior manifestação popular da Bahia. Para nós é fundamental aproveitar esse público e fazer com que a população tenha acesso a diversidade social”.

"IBGE ... se você for LGBT, diga que é!"

O Censo Demográfico 2010 a partir deste ano vai contar também casais homossexuais. Para motivar as declarações, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) iniciou a campanha





Pela primeira vez o IBGE vai contabilizar casais homossexuais, por meio do Censo Demográfico 2010. A proposta do instituto é trazer informações atualizadas de acordo com as mudanças da sociedade brasileira nos últimos anos.

“No passado nós só perguntávamos se eram cônjuges. Hoje nós abrimos para cônjuge do mesmo sexo e cônjuge de sexo diferente”, explica o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.

Só vão ser contabilizados os casais homossexuais que declararem, no questionário de perguntas, que moram no mesmo domicílio em união estável. O IBGE já utilizou questionários com questões sobre a união estável homossexual em alguns municípios, mas esta será a primeira vez que a pesquisa envolve todas as cidades brasileiras.

Mas para o coordenador técnico do censo do IBGE, Marco Antônio Alexandre, a mudança não foi feita com o objetivo de revelar o percentual homossexual da população brasileira, até porque nem todos vivem em união estável.

O Instituto vai visitar 58 milhões de domicílios em 5.565 municípios. “Quando os(as) recenseadores(as) baterem em sua porta e você for “casado(a)” com uma pessoa do mesmo sexo, diga que é. É importante que nós ativistas e governo tenhamos dados concretos para construirmos políticas públicas”, disse Toni Reis, presidente da ABGLT.

A Contagem da População pelo IBGE em 2007, realizada em cidades pequenas, identificou, pela primeira vez, 17.560 pessoas que declararam ter companheiros do mesmo sexo. Desse total, 9.586 homens se declararam cônjuges de companheiros do mesmo sexo, o mesmo ocorrendo em relação a 7.974 mulheres.